História em Quadrinhos

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História em Quadrinhos

História em Quadrinhos
Quino e Mafalda

História em Quadrinhos com o Passar dos anos, tornou-se um dos gêneros mais lidos em todo o mundo. Durante muito tempo, elas foram consideradas, uma manifestação reduzida da arte literária.

Hoje, contando com uma ampla variedade de publicações, e a qualidade das narrativas, fizeram com que leitores e estudiosos fossem cativados, cada vez mais, por esse tipo de narrativa gráfica, fazendo sucesso no mundo todo.

E por conta dessa variedade, permitiu a existência de várias personagens com nomes interessantes, como é o caso da Mafalda, criação do cartunista argentino Quino, em 1964.

História

Aqui no Brasil, as histórias em quadrinhos, teve seu início com Ângelo Agostini, no século XIX. Tratava-se de uma narrativa humorística, a respeito da vida de personagens fluminenses, e sua relação com a Corte portuguesa no Rio de Janeiro. Suas histórias, possuíam linguagem simples trazendo denúncias a respeito de questões sociais comuns aquela época. No fim do século XIX, com a invenção da prensa a vapor, nasceram os quadrinhos no formato que conhecemos hoje.

No início no século XX, Renato de Castro começou a desenhar personagens famosas no exterior, como Mickey Mouse e o Gato Félix, que passaram a ser publicados no Brasil. Em 1905, Renato de Castro lançou a revista Tico-Tico, considerada a primeira revista em quadrinhos do Brasil. Já em 1960, Ziraldo, criou o personagem Menino Maluquinho.

Estrutura da historia em quadrinhos

Muitas HQs têm sua estrutura baseada em linguagem visual, explorando aproximações, distanciamentos, perspectivas, exageros, cores dentre outros elementos, retratando os movimentos e o passar do tempo através da sequencialidade de imagens que representam momentos estáticos, mas que vistos do ponto de vista dos outros quadrinhos formam uma história, representando ou expressando comportamentos, que são compreendidos pelo leitor.

Nascidas e expandidas pelo surgimento da imprensa e do jornal, as histórias em quadrinhos conquistaram sua autonomia e ampliaram seu alcance, passando a existir diversos tipos de quadrinhos, com estéticas e histórias próprias, como os de terror, romance, ficção científica, os que fazem releituras de outros textos, os de gênero policial, infantil, juvenil, os filosóficos, históricos etc. Qualquer escritor pode utilizar-se do quadrinho como recurso de expressão, basta encontrar a estética e os personagens mais adequados para os efeitos que se deseja criar.

Nas histórias em quadrinhos produzido por Ziraldo, a estrutura está mais focada nas tirinhas abordando breves histórias do menino levado. Maurício de Souza, prefere elaborar sua obra toda através de coleções de gibis, com histórias mais longas e com subtítulo para cada personagem, isso além do gibi tradicional focado em sua personagem Mônica, e outras edições que contam a realidade de outras personagens.

Além das histórias de personagens desse ou daquele cartunista, as HQs também podem recontar fatos históricos, ou até mesmo invadir outros textos, como as obras de Machado de Assis que foram adaptadas por Caeto e Masanori Ninomiya, “Três contos do Machado” traz versões para as narrativas curtas “Um apólogo”, “Na arca” e “A cartomante”, ou por exemplo os cinemas, que já contam com adaptações a estéticas das HQs, incluindo-se nelas balões, onomatopeias e outros elementos. Além disso, existem histórias únicas, publicadas em um único livro ou revista, ou histórias contínuas, que vão sendo publicadas e atualizadas em novas edições.

Tipos

As charges, cartuns, tirinhas e os mangas são, certamente, as demonstrações mais comuns da linguagem de HQ. O humor e atualidade são os selos desses formatos.

Mangá

De origem japonesa, os mangás, faz muito sucesso entre os jovens, com sua estética influenciada pelos estúdios Walt Disney. Seus personagens são caracterizados pelos traços exagerado dos olhos, sobrancelhas e boca, tudo com objetivo de atribuir-lhes mais expressividade. As histórias giram em torno de diversos temas e obedecem à ordem de leitura invertida, ou seja, de trás para frente.

Charge

 Do início do século XX, a charge surgiu com o objetivo de formar oposição ao governo. De etimologia francesa “charge” tem sentido da palavra “carga”, “o que exagera o caráter de alguém ou de algo para torná-lo ridículo, representação exagerada e burlesca, caricatura”. Como o seu foco é a imagem ela pode ou não conter fala. Ela estimula uma visão crítica e bem-humorada a respeito de acontecimentos do cotidiano. Asim, para poder interpretar bem uma charge, basta estar por dentro dos acontecimentos atuais.

Cartum

Da mesma forma que a charge, o cartum, é predominantemente um texto visual utilizando-se de humor e crítica, podendo ou não conter falas. Como principal diferença, o cartum apresenta uma realidade genérica e atemporal, não havendo limites de tempo. Sem a necessidade de estar ligado a nenhum acontecimento histórico político.

Tirinhas

Podendo conter de um a quatro quadros, envolve personagens fictícias que representam ideias estereotipadas da condição humana. Quanto ao aspecto da narrativa, a tirinha possui geralmente uma piada curta, trazendo quebra de expectativa no processo interpretativo.

Lisandro Viana


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